Spoilers, Sweetie! S08E01 – Deep Breath

ss capa s08e01

Enquanto o Who Cares Pod não consegue roubar uma TARDIS para alcançar o décimo segundo Doutor as minhas críticas escritas vão ter de quebrar o galho. Aqui é área de spoilers, então protejam-se, respirem fundo e apertem o play, porque é o primeiro episódio da era do Estado Independente das Sobrancelhas!

spoilerssweetie

Doctor Who é uma série sobre permanência e renovação. Faz mais ou menos 50 anos que o artifício narrativo da regeneração permitiu que a série se transformasse no universo ficcional complexo que é hoje. Doze avatares dferentes do Senhor do Tempo conhecido como Doutor já exploraram o Universo – e desenvolveram uma fixação pouco saudável com o planeta Terra – numa TARDIS roubada. Cada regeneração carrega em si a expectativa de: “o que vamos ver a seguir?” É o fim de uma era e início de outra, quem será o Doutor agora? Um velho rabugento, um guerreiro, um dândi, um clown, um moleque, um RUIVO? Do que será capaz a décima terceira encarnação?

O episódio começa com um T-Rex tocando o terror na Londres vitoriana. Madame Vastra é chamada para conter a situação quando Jenny e Strax percebem que a dinossaura (sim, é uma menina) está engasgada com algo: a TARDIS é cuspida e babada pela bicha. O Doutor sai da cabine na mesma naquela vibe louca e imprevisível do processo de regeneração. Só para lembrar, o décimo teve um surto narcoléptico durante 70% do episódio e o décimo primeiro teve um problema imenso para se ajustar às novas papilas gustativas na cozinha da pequena Amelia Pond. Energia de regeneração é treta: o novo Doutor confunde o Strax com um dos anões da Branca de Neve, a Clara com o Handles e, sobretudo, não consegue desligar o cérebro hiperativo para dormir.

Clara está desolada. Depois de toda aquela relação esquisita dos dois. uma espécie de romance adolescente só que com uma humana de quase 30 e um alienígena de sei lá quantos anos (perdi a conta desde o episódio em que ele envelhece em Trenzalore), ela pergunta à Vastra como o Doutor pode ser “consertado”. Vastra, putíssima, diz que vai precisar do véu para recebê-la na sala de visitas porque, aparentemente, há uma estranha entre eles.  A conversa da Clara com a Vastra é sensacional, porque dá o tom definitivo que a série deve tomar daqui para frente. A ‘grande detetive’ faz a ‘garota impossível’ entender que o Doutor não era de fato jovem, apenas parecia jovem o suficiente para ser um amigo ou um amante. Por trás de todos aqueles maneirismos, ainda é o ser que por séculos viajou por todas as partes do universo. “É como flertar com uma cadeia de montanhas”, diz Vastra. O Doutor usa um rosto da mesma forma como a mulher-lagarto usa o véu: para ser aceito. Na hora da regeneração, o jovem desapareceu e o véu foi levantado.

madamevastra

O ritmo é mais lento quando comparado com o da sétima temporada. Tudo bem que o episódio de estreia tem quase uma hora e vinte contra os quarenta e cinco minutos normais, mas vamos torcer para que essa “despressurização” seja uma tendência. O esquema de muito plot e pouco tempo de execução é cansativo e deixa uma série de furos nos roteiros em prol da ação, o que prejudica a fluência da história (caso de estudo: The Angels Take Manhattan (S07E05)). Nesse, apesar de todas as perguntas levantadas, as pontas se atam no final, deixando o episódio redondinho. Mesmo o T- Rex em Londres, que poderia servir apenas aos propósitos da zoeira é relevante. O lamento da dinossaura fora do seu tempo, sozinha em uma terra desconhecida é o mesmo que o Doutor lança a Clara quando ela insiste em não reconhecer que ele é o mesmo homem que ligou para ela de Trenzalore. (Se é ou se não é a gente discute depois).

Há uma cena a do Doutor numa ressaca regenerativa, na manhã após a a morte da dinossaura, que talvez não acontecesse no ritmo da temporada passada. Em um beco qualquer, sentindo frio e ainda de camisola, o Doutor encontra um mendigo, e consegue deixá-lo apavorado com seu nonsense. Mas é um momento importante, para além de engraçado – ainda que provoque uma quebra de ritmo. Ali o Doutor questiona-se o porquê de ter escolhido justamente aquele rosto (que já apareceu na série em Fires of Pompeii (S04E02) e na terceira temporada do spinoff Torchwood – Children of men). Ele tem certeza de que a escolha havia sido consciente, como se quisesse se assegurar de algo, embora tenha esquecido. O primeiro episódio de uma era pode ser o início de um arco longo que ligará temporadas, mas também é a oportunidade que o novo Doutor tem de encontrar o seu tom. A questão que parece fundamental para ambos os processos agora é a identidade.

Os “vilões da semana” foram bem escolhidos e é reconfortante ver o aproveitamento de outro monstro criado para a série moderna que não os Weeping Angels. (Quem é que aguenta outro episódio com os anjos?) Mas encontrar a nave irmã do SS Madame de Pompadour que apareceu em The girl in the fireplace (S02E04) – o SS Marie Antoinette – com outros andróides loucos coletores de partes humanas foi… diferente. E uma grata surpresa. Ao menos para mim, que estava assistindo com todos os meus membros intactos, é claro.

girlinthefireplace

 A cena em que o Doutor e o androide conversam é outro ponto alto, “Se você pegar uma vassoura e substituir o cabo, e depois as cerdas – e repetir o processo várias vezes – terá ainda a mesma vassoura? A resposta é não. Você substituiu cada parte de você, mecânica e orgânica várias e várias vezes, não há qualquer traço do que era original. Você não consegue sequer se lembrar onde você conseguiu esse rosto”. O Doutor estende um prato para o androide, no qual ele pode ver seu próprio rosto. No entanto, do outro lado, o Doutor também pode ver o seu, e se dá conta, assombrado, de que tudo o que havia dito anteriormente serve para ele. O que sobra de um Senhor do Tempo depois de cada regeneração? É um homem com as mesmas memórias, certo, mas o que mais? A metacrise do décimo Doutor também tem (Journey’s end (S04E13)).

A resolução do conflito tem final ambíguo, o que ajuda a construir a aura de mistério em relação à figura do Doutor. Quando estão voando no restaurante-nave, o androide diz que é contra sua programação se autodestruir, assim como o Doutor diz que o assassinato é contra sua programação (há controvérsias, eu consigo pensar no genocídio de umas três raças só por alto, mas vamos tomar como verdade). O androide cai da nave, e não ficamos sabendo quem é que estava mentindo sobre a sua programação básica. Nem uma palavra sobre isso. Quando assistimos The Day of the Doctor a aposta geral era a de que essa temporada já lançaria bases para um arco sobre a busca por Gallifrey mas, pelo visto, o Doutor primeiro ainda precisa buscar a si mesmo antes de saber qual o próximo passo.

Notas paralelas & teorias:

* As piadas com o fato do Capaldi ser escocês são boas, mas o bairrismo alheio nunca é tão engraçado quanto o nosso. Já as piadas com as sobrancelhas são ótimas.

* Temos um fã old school de Doctor Who interpretando o Doutor. Nada mais justo do que as inúmeras referências à série clássica durante o episódio, das “coisas redondas” da TARDIS do primeiro Doutor ao cachecol do quarto.

* E esse humor meio pastelão, apesar do Doutor parecer muito mais sério – tanto em aparência quanto em destino –  que os antecessores?

* Apesar do novo doutor reiterar que “não flerta” (relevando o “Hey big sexy woman!” para a dinossaura), o resto do elenco parece estar querendo compensar: nesse episódio a lista de piadinhas não para, e me parecem mais adultas que o de costume. Strax examinando a mente da Clara “um monte de jovens musculosos fazendo esporte. Isso é esporte? Poderia ser esporte!” Para além da ~mente poluída~ detectada pela maquininha, há Vastra fazendo a Jenny posar com pouca roupa, e em duas ocasiões diferentes flertando com a Clara. Aliás, esse episódio nos deu a oportunidade de ver a vida da Vastra e da Jenny mais como um casal. River Song & Capitão Jack Harkness aprovariam os subtextos maldosos.

jackharkness

* Podemos não saber muita coisa do Doutor (nem ele parece saber muito sobre si) mas sabemos que ele não tá lá para fazer social dessa vez. Apesar de saber que ainda precisa viajar com alguém, não é um ET de pedir desculpas. Ele finge largar a Clara sozinha com os androides para arrancar informações deles e, quando o perigo passa, se justifica dizendo que ela “funciona brilhantemente sob a influência da adrenalina. Segundo o Thales o Doutor se regenerou no House – vide o quadro negro, os tiques a antissociabilidade.

* Quem marcou o encontro no restaurante (que era uma armadilha & a chave para a resolução do caso) entre a Clara e o Doutor? Possivelmente a “mulher da loja” que deu o telefone da TARDIS para a Clara em The bells of St. John (S07E07). Mas ela seria a tal da Missy que aparece no final?

* Aliás, a desculpa de que a obsessão dos androides com a “terra prometida” é consequência de toda a humanidade que eles haviam sugado ao longo dos séculos é a mesma que explica a loucura dos Daleks feitos de humanos em Bad wolf/The Parting of the Ways (S01E12/13). O problema é, na cena final, a Missy diz ao androide que ele chegou ao paraíso. WTF?! E se esse paraíso é uma dimensão alternativa, se a consciência do androide conseguiu ser recuperada do corpo ainda não sabemos. Em Doctor Who as respostas tendem a ter explicações (pseudo) científicas em vez de místicas, então tem algo aí – exceto em The Impossible Planet/The Satan Pit (S02E08/09), que aí era o diabo mesmo e dane-se o wibbly wobbly timey wimey.

* Quanto a Missy: quem é, por que acha que é namorada do doutor e por que se veste de Mary Poppins? Ok, talvez a última questão seja importante só para mim. Se eu pudesse arriscar uma teoria da conspiração (provavelmente furada, uma vez que o que Moffat quer é ver o circo pegar fogo mesmo que isso inclua buracos no plot maiores que a Estátua da Liberdade-Anjo) eu chutaria que ela representa a volta de uma Vilã – na linha do Mestre – da série clássica, a Rani. Eu já vi tanto a Rani quanto o Mestre serem “culpados” outras vezes de estarem por trás de vilões excêntricos, mas é melhor pensar nisso do que numa encarnação post-mortem da River – por mais que eu adore a River, a história dela acabou. Claro que a Missy pode ser tão apenas uma stalker louca sem relação alguma com o passado da série, a conferir.

* O JP tem uma teoria ótima: a Missy seria uma interface humana da própria TARDIS. Daí as menções a “meu namorado”, “vou mantê-lo desse jeito, com esse sotaque”. Para além disso, há tipo um poço no jardim que parece a estrutura circular com o cilindro que é a matriz da nave.  O androide teria, nesse caso, tido sua memória transplantada para a TARDIS, assim como a River Song teve a sua memória salva na CAL em Forest of the Dead (S04E09). Eu não sei se a teoria se sustenta porque a emanação vinda da mulher não é apenas maluquinha, é meio má… mas pode ser coisa da minha cabeça.

* E quanto ao Doutor? Será que finalmente vamos acompanhar a ascensão do Valeyard? A dica já foi dada na série moderna. Em The name of the Doctor (S07E13) a Grande Inteligência disse que o Doutor teria ainda muitos nomes antes de sua morte: A Tempestade, a Besta, o Valeyard”. E em The trial of the Time Lord, o arco do sexto Doutor no qual o conceito é introduzido, o Mestre explica que o Valeyard é um amálgama do lado sombrio da natureza do Doutor, em algum lugar entre a décima segunda e as encarnações finais. Será? “Eu sou o Doutor. Eu vivi por mais de 2000 anos e nem todos foram bons. Cometi vários erros e já é hora de eu fazer algo a respeito”. Agora é aguardar o que é que ele vai fazer.

E se você leu a crítica até aqui pode bem se juntar a nós na discussão. O que você achou de Deep Breath? Quais são as suas teorias da conspiração favoritas para a oitava temporada?

26 pensamentos sobre “Spoilers, Sweetie! S08E01 – Deep Breath

  1. Oi. To respondendo tarde então duvido que nesse wibbly wobbly timey winey que é a internet um dia isso será visto.
    Gostei da sua resenha. Quanto ao flerte do Doutor. Eu acho que isso foi um momento de passagem. Se você lembrar quando o 11 estava no seu ciclo de regeneração, ele ficava usando o “what? what? WHAT???” e alguns dos trejeitos do 10th. Tanto que no final, e pra mim mais importante: O 12th divide um whisky com o androide. O 11th sempre cuspia as bebidas. E só bebia coisas sem álcool. E pra mim essa vai ser a grande diferença. O 11th era um cara galhofeiro em situações sérias. Enquanto o 12th vai ser alguém mal-humorado em uma situação nonsense.
    E acho que a mulher da loja e a que deixou o recado é a personagem que a Foxes vai fazer.
    Quanto ao paraíso, acho que aquele jardim é o do planeta resort de em que temos as duas Amys. Aquele planeta é mortal pra seres com dois corações. Ou seja um “Paraíso” a salvo de Timelords.
    E sobre Missy: Um amigo levantou a teoria dela ser uma versão mais velha e enlouquecida da Clara. Por isso o “Meu namorado”.

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  2. O Moffat adora reaproveitar conceitos, especialmente os dele mesmo. Perdi a conta de quantos personagens se reencontram após o tempo passar de forma diferente para eles (Madame de Pompadour, Amy, o próprio Doctor no com a Clara no “Hour of the Doctor”, etc.). O androides relógio que apareceram aqui tinham sido introduzidos pelo próprio Moffat lá na segunda temporada. PRA MIM, ele já tá fazendo hora extra na série e deveria ser substituído.

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  3. Só eu reparei que o T-Rex deve ter vindo de um universo paralelo? Ele MUITO maior do que deveria ser. A torre do Big Bang tem mais de 90 mts de altura e o T-Rex é maior q ela.

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  4. eu concordo com a teoria da tardis ser a missy,alem de achar bem interessante esse desenvolvimento dela,mostrando mais de sua personalidade e motivações,tenho tambem uma teoria de que o novo companion do doutor vai ser um zygon mandado pela unity como parte do acordo(que na minha teoria deu certo)entre os humanos e zygons,dessa forma a unity poderia manter o doutor sobre sua vigilancia,quanto ao episodio acho que terei de assistir mais vezes ate ter uma opiniao definida.

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  5. Aquele telefonema no final também quebrou a quarta parede, de certa forma. Aquele pedido de olhar além da face, que ele continua sendo o mesmo Doutor, é um recado a todos os fãs, principalmente os mais recentes que nunca passaram pela fase se transição, que não desistam da serie por conta da troca do ator principal.

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  6. Eu adorei!Se existem furos ou “heresias” -segundos os fanboys – I’don’t care! O Doctor velho?E daí?Não gosto da série por causa do galã.
    Especialmente a cena final(chorei sim,tá!) me fez refletir o quanto a gente dá importância às aparências.Rejeitamos alguém a quem dizíamos amar só porque mudou externamente ou socialmente -colocou um piercing no nariz,virou cadeirante,ficou pobre,se assumiu gay…Que merda de raça humana somos nós!

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  7. Excelente crítica. Podemos com o Capaldi ver realmente o quanto o Doctor finalmente está procurando lidar com suas responsabilidades como o cara que cometeu genocídios em vez de correr delas, além de dar a oportunidade de trazer o show pra outro nível, mesmo mantendo a comédia pastelão, pois o show se comunica com pessoas de TODAS as idades. O Doctor é de certa forma um old whoovian de si próprio, nada mais acertivo em escolher o ator pra isso. Enquanto novos fãs se juntam a série, os fanboys old school ao mesmo tempo que reclamam e são ranzinzas com mudanças e etc partem para a aceitação e o envolvimento com a série, e é nesse clima nostálgico que muitos podem curtir o programa juntos. Uma excelente piada sobre “Todos somos macacos”não abordada na critica e um humor homoafetivo (pra variar) quando Vastra leva o Doctor a nocaute. Entretanto, mesmo sendo homem e humanoide o Doctor não é humano, por mais que pareça ( e se esforce para faze-lo). Uma piada que pode levar a uma longa discussão… Curti ler as teorias aqui e acredito que Mofati pode ter varias cartas na manga, querendo nos levar a uma direção e indo para outra. Não foi citada aqui entretanto o detalhe da fala do Doctor sobre quem deu o numero da Tardis no passado para a Clara para uni-los. E Mofati faz isso , de esconder em plena vista, Missy pode ser essa mulher. Uma teoria é que Missy (Missie = Pequena Miss = Pequena ela = Perdidinha) possa ser uma versão mais velha de alguma das Claras que tenha sobrevivido (lembrem-se que existem varias claras ao longo da linha do tempo que tentaram ou ajudaram o Doctor ao longo da sua existência, mesmo que 99% das vezes ele não a tenha notado, elas tem vida própria, timeline próprias, começo meio e fins próprios. Existiu uma Clara Time Lord que apontou a Tardis certa para o Doctor quando ele a roubou (!!!!!) A consciência da Clara Dalek pode ter sobrevivido na explosão do asilo, a consciência da Clara vitoriana pode ter se integrado ao Silencio mesmo que aparentemente ela morreu, e se a Clara sobreviveu a sua jornada pela timeline do Doctor, pq o Silencio não?…. O que mais me inquieta é pq Doctor precisa da Clara tanto, além do óbvio. E pq existe uma mulher que queria que eles fiquem juntos. Ora, a mulher que conhecemos que salvou o doctor ao longo de sua existência foi a Clara… Enfim…Outra teoria: Se o Doctor não explodiu Gallefrey , o que aconteceu com a consciência da bomba? Ela abria rasgos na realidade possibilitando viagens no espaço e tempo, e ela mostra ao Doctor que ele, assim como sua sonic screwdriver é o mesmo software com outra embalagem, que é exatamente diferente do argumento da vassoura. E se o Doctor não morreu em Trenzalore o que isso acarreta? Outro fator é o Doctor furando a quarta parede e olhando para a câmera após a queda do androide. Mofati nega que o show vai ficar mais sombrio pois sempre foi, segundo ele, mas com certeza ele está REVELANDO isso agora com esse comentário do Doctor com o espectador. Acho que podemos esperar muitas consequências desse episodio como foi dito na critica ao longo de arcos imensos. Bjs

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  8. Tinha uma coisa que eu achava que estava sentido falta durante o episódio, e me dei conta que era o tema I am the Doctor.

    Mais o dialogo do 13° ( ou será 12° ?) com o mendigo e com o Android foram incríveis.Fiquei tenso quando ele abandona a Clara, fiquei até me questionando se eles poderiam mudar tanto o modo de agir do Doutor. Também foi muito legal ver um conceito da 2° temporada voltar a ser explorado, pelo menos eu fiquei fazendo a mesma pergunta que o Doutor, que foi “Eu já vi isso antes mais não tô lembrando” .

    E eu só tenho que dizer que não gostei de assistir pela BBC HD, os comerciais me incomodaram muito.

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  9. Gostei muito do episódio. Para mim, foi realmente de respirar fundo e então ficar sem fôlego… Gostei dos efeitos, da nova apresentação, do ar misterioso do Doctor e até o jeito meio engraçado algumas vezes, adorei rever o Strax e suas confusões! Não tenho o que reclamar, só senti falta de ver o Doctor escolhendo as novas roupas, mas isso não chega a ser tão relevante assim x) !

    As partes que mais gostei foram a conversa da Vastra com a Clara, que tava um caso sério por sinal,. E as menções à série clássica e outras temporadas da nova, senti muita a falta disso na passagem do 10 para o 11, parecia realmente outra série…

    Estou super curiosa com o plot principal dessa temporada.
    Terra Prometida? Quem é Missy? E como assim ela influencia no sotaque do Doctor? Namorado, hã… é a parte mais confusa! E quem deu o número do Doctor a Clara e colocou o anúncio no jornal?…
    No meio dessa confusão, curti a teoria sobre a TARDIS, até que faz sentido…

    E o Doctor empurrou ou o maluco pulou, nenhum dos dois é original mais, já passaram por muitas transformações… (Voto que o Doctor empurrou e só demorou pra fazer isso porque tava esperando para ele cair bem naquele ferro lá hehe)

    Uma coisa que fiquei encucada, e acho que não podemos deixar nada passar desapercebido quando se trata de Moffat escrevendo: E o relógio que o Doctor entregou ao mendigo, que relógio era esse? Por acaso não é o que guarda a parte Time Lord dele, é?! E se ele entregou num surto de memória o.O”

    Outra coisa que nos falta saber é sobre o rosto familiar que o Doctor tem. Me lembro da conversa com o Curador em The Day of the Doctor, sobre revisitar rostos conhecidos, preferidos… O Capaldi era o pai daquela família que o Doctor salva em Pompéia, mesmo sem dever ter feito isso ele os salva. Penso que pode ter a ver com isso, para lembrá-lo que ele está ali para ajudar, apesar de muitos erros cometidos e situações que fugiram do controle dele, ele ainda protegeu muita gente e deve continuar fazendo isso.

    Muito bom a review aqui do WhoCares, estou curtindo muito o site e não vejo a hora de Daleks na próxima semana em DW e Dalek amanhã aqui no podcast uhu \o/ Allons-y!

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  10. Da primeira vez em que vi o episódio tive a impressão de conhecer o tal ‘Paraíso’ de algum lugar. Será que só eu achei que ele é idêntico a interface do Jardim em “Two Streams” (Dois Fluxos) no S06E10 “The Girl Who Waited”?!?

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  11. O dialogo da Clara com a Vastra (usando o veu) serve para as fangirls que acompanhavam a serie somente porque o Tennant era cool ou o Smith era fofinho. O Doutor não precisa ser concertado, e um novo Doutor, com a aparencia mais velha, outra atitude. Ele não ta aqui para ser namorado de ninguem, ta aqui pra salvar os nossos traseiros das encrencas aliens. Gostei do Capaldi!!!

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  12. O episódio foi interessante mas, diferente dos outros dois episodios de introdução à nova face do Doutor, essa não quis deixar o Doutor totalmente novo em relação ao mundo. Eu não achei isso ruim mas, estava esperando ver como seria a descoberta dele, assim como o décimo ficava perguntando como ele estava, e confundindo citações (Rei Leão, genial) ou o decimo primeiro descobrindo seu paladar e escolhendo suas vestimentas (não posso julgar, afinal eu acho aquele momento de confirmação do Doutor para o globo ocular gigante muito badass).
    As referencias às temporadas anteriores eu gostei muito, como a revelação do nome da nave (eu entendi de primeira mas, achei que estava me equivocando XD) ou a sutil frase “É em horas como essa que sinto falta da Amy”. Uma coisa que sempre sinto falta é em relação ao nono. Digo, eles falaram de elementos que foram momentos do decimo e do decimo primeiro (até “Geronimo” teve), eu juro a vocês que fiquei esperando um “Fantastic” :/.
    O lance de deixarem esse Doutor mais sombrio, eu achei interessante como trama de temporada é algo a ver como vão fazer.
    O momento de interação do “antigo” Doutor em relação ao atual, eu estava esperando mais. Acho que podia passar sem, né? Mas, como enredo de viajantes no tempo, ficou bem bolado.
    E quanto à mulher do final, não sei o que comentar.

    Obs.: A nova abertura *–*. Mas fiquem imaginando pessoas que tem sensibilidade à imagens, e tal. Eu que não tenho já senti um pouco de vertigem, imagino quem tem.

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      • É verdade, Roger, bem lembrado. Esqueci de escrever sobre isso, mas na hora me liguei também. As cenas de certa forma são semelhantes porque representam um retorno à normalidade depois de uma situação de “choque cultural” entre doutor e companion.

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  13. Adorei o primeiro episódio, mas devo admitir que quando comecei a assistir Doctor Who, com o décimo primeiro que não é mas talvez seja , ele me convenceu muito mais rápido do que o décimo segundo que não é mas talvez seja.

    Acho que ficou bem claro o avanço visual com esse primeiro episódio, interessante é que mesmo o dinossauro sendo muito bem feito, ainda tem umas partes mais rusticas, mantendo o espirito.

    Me pergunto quem é essa Missy pseudo Marry Poppins, tá ai algo que me deixou ansioso pra ver os próximos episódios.

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  14. Eu gostei das referências que fizeram aos episódios antigos, deu uma aliviada no tom de mudança que as regenerações do doutor causam. Foi bem diferente da regeneração do 11º doutor, que tudo era novo e sem ligações com o que já tinha passado, quase como se fosse uma outra série (fora a parte que mostrou os 10 doutores anteriores).

    Só achei estranho a história de o doutor ter “escolhido aquele rosto”. Sempre achei que as regenerações eram aleatórias. Então quer dizer que mesmo num nível subconsciente o doutor influencia nas regenerações? Não sei se tem algo a respeito na série clássica, pois ainda não avancei tanto nelas pra saber, mas na nova série acho que as regenerações sempre foram tratadas como algo em que o doutor não poderia influenciar.

    E acho que vão deixar a busca por Gallifrey pros episódios chave da temporada, soltando fragmentos da história e pistas aos poucos, que nem o que foi mostrado no episódio “the time of the doctor”.

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  15. Eu ainda não sei o que esperar da temporada, mas por enquanto gostei. Quando vi a Missy pensei também que ela poderia ser uma Time Lord (Lady?). E achei que iam mostrar um pouco mais daquele “paraíso”, não me pareceu tão paradisiaco assim até onde deu pra ver.

    Ps: Teremos críticas a cada episódio?

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